A preocupação da gestante é sempre o bebezinho que carrega e às vezes a futura mamãe acaba descuidando de seus próprios dentes. As mulheres durante a gestação sofrem algumas alterações hormonais que as tornam mais suscetíveis à inflamação da gengiva e cáries, principalmente por que nessa fase sentem mais fome e mudam seus hábitos, aumentando a frequência e quantidade de ingestão dos alimentos, muitas vezes mais calóricos e ricos em açúcar. Essa condição bucal inflamatória pode levar a uma predisposição a complicações como parto prematuro e/ou nascimento de bebês com baixo peso.
No primeiro trimestre de gestação, a escovação dentária pode também ficar mais difícil devido à predisposição a enjoos e náuseas que podem acontecer. No entanto, o segundo trimestre gestacional é o mais indicado para tratamentos odontológicos em geral. O acompanhamento odontológico é essencial para garantir a saúde bucal e, caso necessite de tratamento, há como fazê-lo. Dependendo do procedimento, é de boa conduta executá-lo sob a orientação do médico que acompanha a gestação.
Os bebês também merecem um cuidado especial com a boca. A criança deve ser levada ao dentista pela primeira vez no momento em que ocorre a erupção dos primeiros dentes de leite, entre o 5º e 10º mês de vida, ocasião em que os pais receberão orientações a respeito das causas e da transmissão de cáries, da alimentação, da limpeza dos dentes do bebê e do uso adequado do flúor e do tipo de escova e creme dental, que nessa fase é especial. Nessas visitas com o odontopediatra vai se construindo uma experiência positiva da criança em relação ao profissional, criando vínculos amigáveis, o que é essencial para diminuir o stress e a apreensão caso um dia necessite de algum tratamento ou para as visitas de acompanhamento e prevenção, além de proporcionar importantes informações de cunho preventivo que visam assegurar a integridade da saúde bucal do bebê.