30.05.2016 | Saúde da mulher tem forte relação com doenças gengivais
Um número cada vez maior de estudos relaciona as enfermidades gengivais com uma variedade de problemas que afetam a saúde da mulher. Como a gengivite é uma infecção causada por bactérias, estas podem entrar na corrente sangüínea e tornar-se causa de outras complicações:
• Problemas Cardíacos: Indivíduos com gengivite correm um risco maior de ter problemas cardíacos, com o dobro de possibilidade de sofrerem ataques fatais.
• Derrame: Um estudo revelou a existência de uma relação causal entre infecções bucais e risco de derrame ou também conhecido como acidente vascular cerebral (AVC).
• Diabetes: Os diabéticos são mais propensos a terem gengivite e nestes indivíduos é mais difícil controlar o açúcar no sangue. A gengivite pode ser um fator de risco para o diabético, mesmo em indivíduos com açúcar controlado.
• Problemas respiratórios: Bactérias que se desenvolvem na cavidade bucal podem chegar até os pulmões e causar doenças das vias respiratórias, tal como a pneumonia, especialmente em pessoas que têm gengivite.
• Resultados da gestação: As gestantes com gengivite podem estar mais propensas a partos prematuros ou terem bebês de menor peso ao nascer. A gengivite também pode aumentar o nível dos líquidos biológicos que estimulam o parto.
Como a gengivite em geral não dói, muitas mulheres só notam que têm o problema quando este já está em estado avançado. A melhor defesa é a cuidadosa higiene bucal diária com uma boa escovação e o uso de fio dental, e as consultas regulares com seu dentista.
Os requisitos relacionados à saúde bucal mudam com o passar do tempo?
A mulher tem necessidades especiais relacionadas à saúde bucal nas diversas fases da vida. As mudanças nos níveis de hormônio que ocorrem na puberdade, seguidas da menstruação, gravidez e menopausa tornam as gengivas mais sensíveis à placa bacteriana. Nessas etapas da vida, as mulheres não podem esquecer de escovar e usar fio dental todos os dias, para evitar a gengivite.
Outras informações importantes:
• Menstruação — Algumas mulheres notam que sua gengiva incha e sangra antes da menstruação. Outras têm aftas ou inflamações da mucosa bucal. Estes sintomas geralmente desaparecem no início da menstruação.
• Contraceptivos orais — A inflamação da gengiva é um dos efeitos colaterais mais comuns dos contraceptivos orais.
• Gravidez — Estudos mostram que muitas mulheres grávidas têm gengivite quando a placa bacteriana se forma sobre os dentes e irrita a gengiva. Os sintomas são gengivas avermelhadas, inflamadas e com sangramento. O cuidado pré-natal é sempre extremamente importante.
• Menopausa — Os sintomas bucais experimentados durante este estágio na vida de uma mulher são gengiva avermelhada ou inflamada, desconforto, sensação de ardência, sensação de alteração do paladar e boca seca.
• Osteoporose — Várias pesquisas sugerem a existência de uma relação entre a osteoporose e a perda óssea nos maxilares. Os pesquisadores sugerem que isto pode levar à perda de dentes por causa da provável diminuição da densidade dos ossos onde os dentes estão inseridos. Juntamente com a osteoporose, a doença periodontal acelera o processo de perda de estrutura óssea ao redor dos dentes.
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13.04.2016 | Câncer bucal: tabaco é responsável por até 90% dos casos
Mancha nos dentes e mau halito são dois dos efeitos secundários mais comuns do tabagismo, além de perda de olfato e paladar. Nos jovens, o hábito de fumar pode dificultar o desenvolvimento e atrasar o crescimento. Entretanto, dentre todos os possíveis efeitos secundários, o maior risco para a saúde bucal que o tabagismo pode trazer é o câncer bucal (e o câncer pulmonar). O tabaco é responsável por até 90% dos casos da doença.
Em fevereiro, celebrou-se o mês mundial do câncer, data instituída desde 2005. No Brasil, essa iniciativa tem apoio do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que tem como objetivo “alertar as pessoas exercendo a tentativa de evitar milhões de mortes a cada ano, por meio da conscientização e mobilização sobre a doença. A ação envolve governos e outras esferas da sociedade de todo o mundo para o controle da doença”.
De acordo com os dado do INCA, todo ano mais de 12 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer e aproximadamente 8 milhões morrem. Estima-se cerca de 15 mil novos casos de câncer bucal por ano e 4 mil mortes, sendo a maioria homens.
Este tipo de câncer geralmente ocorre nos lábios, na língua e debaixo dela, nas gengivas, na parte posterior e superior da boca e no interior das bochechas.
Nem sempre é possível perceber os sintomas no início da doença, o que reforça a importância das visitas periódicas ao dentista. Além das consultas regulares, é preciso que você fale com seu dentista se perceber qualquer dos sinais abaixo:
• Ferida nos lábios, gengivas ou no interior da boca que sangra facilmente e não parece melhorar;
• Um caroço ou inchaço na bochecha que você sente ao passar a língua;
• Perda de sensibilidade ou sensação de dormência em qualquer parte da boca;
• Manchas brancas ou vermelhas na gengiva, língua ou qualquer outra parte da boca;
• Dificuldade para mastigar ou para engolir;
• Dor sem razão aparente ou sensação de ter algo preso na garganta;
• Inchaço que impede a adaptação correta da dentadura;
• Mudança na voz.
O diagnóstico precoce é fundamental, visto que este tipo de câncer pode ser fatal, com uma taxa de sobrevivência de cinco anos em 50% dos casos. Caso não seja detectado no inicio, o câncer bucal pode necessitar de tratamentos como cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.
Para fumantes, a melhor maneira de prevenir o câncer é parar de fumar. Além disso, é importante seguir uma rotina regular de cuidados da saúde bucal, como escovar os dentes duas vezes ao dia e usar fio dental diariamente.
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17.03.2016 | Primeira pasta dental com cafeína é lançada nos EUA
De acordo com a American Dental Association, quase metade dos americanos não escovam os dentes duas vezes por dia. A fim de motivar as pessoas a escovarem os dentes mais regularmente, uma empresa americana lançou a Power Toothpaste, a primeira pasta de dentes do mundo a conter cafeína, que promete eliminar a sonolência matinal durante a limpeza dos dentes.
O fundador da Power Toothpaste, Dan Meropol, desenvolveu a pasta de dentes com um amigo. Ele teve a ideia depois de saber que muitos americanos têm péssimos hábitos de higiene oral.
"Comecei a pensar sobre como eu poderia alterar esta situação e falei com o meu amigo Ian, que vinha pensando como essas manhãs são horríveis. Ele imediatamente sugeriu uma pasta de dentes cafeinada. Depois que Ian formulou o primeiro lote da Power Toothpaste e nossos amigos e familiares nos disseram quão bem ela funcionou, decidi procurar a fabricação em maior escala. Muitos meses de desenvolvimento depois, agora estamos prontos para o lançamento", disse Meropol.
O inventor falou com um número de dentistas durante o desenvolvimento do creme dental. Além disso, eles colaboraram com um experiente fabricante nos EUA para a formulação e produção.
Ao contrário do café, que leva até uma hora para ser absorvido inteiramente através do estômago, a Power Toothpaste começa a trabalhar imediatamente pela absorção através da gengiva, proporcionando um impulso rápido de energia durante a escovação, de acordo com os inventores. "Eu levava horas desde acordar até comprar meu primeiro copo de café na cafeteria para me sentir como eu mesmo. Eu me sentia terrível por uma hora toda manhã", disse Meropol. "Quando eu escovei os dentes pela primeira vez com a Power Toothpaste, eu percebi que eu não tenho mais que viver assim".
A Power Toothpaste contém os mesmos ingredientes que outras marcas disponíveis no mercado, ajudando a remover a placa bacteriana e evitando o tártaro, mas, em contraste ao café, a Power Toothpaste não mancha os dentes.
"Na Power Toothpaste, acreditamos que cuidados orais não foram emocionantes por décadas e os produtos que as grandes empresas de pastas de dentes estão oferecendo não são suficientemente bons. A nossa missão é fazer com que o cuidado oral seja divertido e empolgante novamente e, acima de tudo, para levar as pessoas a escovarem os dentes”, Meropol concluíu.
Mais informações sobre o produto podem ser encontradas no www.powertoothpaste.com.
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16.02.2016 | Diabéticos têm risco dobrado para perda dental
Embora muitos estudos tenham sido feitos sobre a perda de dentes entre a população em geral, faltam provas científicas sobre esta condição em pacientes com diabetes. Para resolver estas limitações, pesquisadores investigaram os dados de mais de 37.500 adultos durante um período de quarenta anos e verificaram que os diabéticos, particularmente hispânicos negros adultos, têm um aumento do risco de perda dental quando comparados a indivíduos saudáveis.
O estudo, realizado por pesquisadores da Duke University School of Nursing (Escola de Enfermagem da Universidade de Duke), revelou que, em geral, diabéticos perderam mais dentes durante o período considerado do que os adultos sem diabetes, independentemente da sua origem étnica. Em média, eles perderam cerca de duas vezes o número de dentes.
Assim, os pesquisadores concluíram que cuidados dentários adequados e consequente manutenção dos dentes precisam ser melhor promovidos entre os adultos com diabetes, tanto por profissionais médicos como odontológicos. Como há indícios crescentes de que a saúde oral está associada com a saúde global, uma abordagem interdisciplinar é necessária para garantir uma melhor gestão da doença. É sabido há décadas, por exemplo, que o diabetes tipo 1 e 2 são ambos fatores de risco para doença periodontal.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, o diabetes está se tornando mais comum nos Estados Unidos. De 1980 a 2014, o número de americanos com diagnóstico de diabetes quadruplicou. Uma estimativa de 29,1 milhões de pessoas nos EUA (9,3% da população) têm diabetes, incluindo 8,1 milhões de casos não diagnosticados. Em 2010, nos EUA, o diabetes foi a sétima maior causa de morte.
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07.01.2016 | Laser mostra-se promissor para o tratamento da periodontite agressiva em pesquisa da USP
Doença comum entre os adultos, principalmente os mais idosos, a periodontite (um possível agravamento da gengivite) nem sempre é controlada pelas técnicas odontológicas tradicionais. A periodontite é caracterizada por uma inflamação crônica na gengiva causada por bactérias, sendo sua forma agressiva (PA) a mais preocupante, uma vez que promove rápida perda dos tecidos de suporte dos dentes. Foi exatamente para esses casos que os pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP testaram e comprovaram a eficácia da Terapia Fotodinâmica antimicrobiana (TFDa).
Utilizando fonte de luz laser de baixa intensidade, equipamento já utilizado em consultórios dentários, e um corante fotossensível, aplicados nos locais das lesões, os especialistas conseguiram "reduzir as bactérias 'vilãs' causadoras da PA". Orientado por Michel Reis Messora, professor associado do Departamento de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e Periodontia da FORP, o dentista André Luis Gomes Moreira, estudou os efeitos da TFDa em 20 pacientes com PA generalizada, sendo todos eles atendidos na Clínica de Pós-Graduação em Periodontia da FORP, por meio de convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Como a PA acomete pessoas mais jovens, foram escolhidos pacientes com menos de 35 anos de idade e que não apresentavam outra doença além da PA. Cada um deles passou por dois tratamentos: um lado da boca recebeu apenas raspagem e alisamento radicular (RAR) — técnica manual, utilizada pelos dentistas, para a retirada de tártaros e placa bacteriana da gengiva, dos dentes e suas raízes; e o outro lado da boca recebeu RAR associada a múltiplas aplicações da TFDa.
O estudo acompanhou cada um dos 20 pacientes durante três meses, submetendo-os a diferentes períodos de avaliação. Ocasiões em que realizaram exames clínicos, imunológicos e microbiológicos, com coleta de material para as análises em laboratório. Os resultados deixaram os especialistas satisfeitos, uma vez que os dentes tratados com RAR e TFDa apresentaram resultados animadores quando comparados àqueles tratados somente com a RAR.
Melhoras significativas
"Notamos melhora significativa nos parâmetros clínicos periodontais, bem como nos parâmetros imunoinflamatórios, observando-se a redução de citocinas pró-inflamatórias e a elevação de citocinas anti-inflamatórias", comemora o dentista. As citocinas, conta ele, são proteínas envolvidas no processo de resposta do organismo às agressões causadas por bactérias. Em "nosso estudo, a TFDa reduziu a inflamação dos tecidos periodontais". Além disso, "reduziu também, de modo eficaz, as bactérias vilãs nos quadros de Periodontite Agressiva".
Este é um estudo pioneiro que avaliou de forma completa os efeitos de aplicações múltiplas da TFDa, associada à RAR, no tratamento da PA, por meio de "parâmetros clínicos periodontais, imunológicos e microbiológicos", assegura o pesquisador. Nos exames clínicos dos pacientes, "a quantificação da destruição dos tecidos periodontais foi realizada por meio de sondagem automatizada". Para o exame microbiológico, utilizaram o Checkerboard DNA-DNA Hybridization, técnica que permite quantificar até 40 bactérias que compõem os distintos complexos microbianos existentes na boca.
Já para o exame imunológico, escolheram o Multiplex, técnica capaz de identificar "múltiplas citocinas inflamatórias presentes em um único momento de uma forma bastante precisa e segura", garante Moreira. Todos estes exames, continua ele, "foram importantes para esclarecer como a TFDa atuou nos pacientes com Periodontite Agressiva, seja reduzindo as bactérias associadas com a doença, bem como mudando o perfil de citocinas inflamatórias nos tecidos periodontais".
Atualmente, a PA ainda é tratada com RAR associada a antibióticos administrados em doses e tempos diversos. Devido à possibilidade de efeitos colaterais e desenvolvimento de resistência bacteriana, as pesquisas no mundo inteiro buscam novos tratamentos alternativos. No caso dos estudos da FORP, a resposta veio com o uso da TFDa, um recurso que mostrou-se bastante promissor para auxiliar no tratamento da PA e substituir o uso de antibióticos.
Em relação à PA, os levantamentos de casos ao redor do mundo mostram que essa forma da doença é mais predominante na população africana e em seus descendentes, chegando a 5%. Apresenta menor número entre a população caucasiana europeia e norte-americana, com 0,5% e 0,2%, respectivamente. Já nos países da América do Sul, com grande diversidade racial, a prevalência varia de 0,3% a 2% da população. Os fatores de risco adquiridos ou ambientais — diabetes mellitus, fumo e estresse — ou geneticamente transmitidos também aumentam os casos severos de Periodontite e de pacientes que não respondem de forma satisfatória às técnicas convencionais de tratamento.
A pesquisa foi publicada no Journal of Periodontology, revista científica internacional de grande impacto na Periodontia.
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18.12.2015 | Ausência de café da manhã pode ser causa de mau hálito
Um estudo japonês com 665 adolescentes descobriu que pular o café da manhã contribui para o desenvolvimento do mau hálito, junto a fatores já conhecidos como a má higienização bucal e o acúmulo de saburra lingual.
Uma pesquisa em forma de questionário e exame clínico, que incluiu a avaliaçãoda saburra lingual e o status do mau odor bucal, mostrou que 173 participantes (26%) tinham mau odor oral, com quase 55% consciente do seu estado.
Os pesquisadores observaram que os participantes que pulavam o café da manhã eram 1,7 vezes mais propensos a ter mau odor oral do que aqueles que tomavam café da manhã. Aqueles que não limpavam suas línguas diariamente também eram 1,7 vezes mais propensos a ter mau odor oral em comparação com aqueles que praticavam esse tipo de comportamento.
Em conclusão, a gestão da saburra lingual, juntamente com outros comportamentos e estilo de vida saudável, e em particular tomando o café da manhã, deverá ser defendida em educação para a saúde dos adolescentes, segundo os pesquisadores.
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19.11.2015 | Pesquisa confirma que fumo aumenta o risco de perda dental
As perdas dentais constituem um grande problema de saúde pública no mundo. Globalmente, cerca de 30% dos idosos de 65 a 74 anos apresentam perda de todos os seus dentes naturais. Vários fatores de risco podem contribuir para isso e um novo estudo confirmou o papel do tabaco nessa questão.
Os pesquisadores avaliaram a associação entre tabagismo e cessação do tabagismo e perda de dentes por doença periodontal (doença das gengivas e estruturas de suporte dos dentes) em três diferentes grupos de idade. Eles descobriram que a relação entre tabagismo e perda dentais foi mais forte entre os jovens do que nos grupos mais velhos. Além disso, os resultados demonstraram claramente que a relação foi dose-dependente; fumantes intensos apresentaram um risco maior de perder seus dentes do que fumantes que fumam menos cigarros. Homens fumantes apresentam até 3,6 vezes mais chances de perder seus dentes do que os não fumantes, enquanto mulheres fumantes têm risco aumentado em 2,5 vezes. Esses achados foram independentes de outros fatores de risco, como o diabetes, e são baseados em dados de 23.376 participantes.
Fumar pode mascarar sangramento gengival, o principal sintoma da doença periodontal. Como resultado, a gengiva de um fumante pode parecer mais saudável do que realmente é.
A interrupção do tabagismo pode reduzir esse risco: um ex-fumante pode apresentar o mesmo risco de perda de dente de alguém que nunca fumou dentro de cerca de dez anos.
A pesquisa é o resultado de um longo estudo longitudinal de coorte do EPIC-Postdam na Alemanha realizado pelos pesquisadores da Universidade de Birmingham e do Instituto Alemão de Nutrição Humana.
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06.10.2015 | Alinhadores Clear Aligner são mais benéficos do que os aparelhos ortodônticos fixos, diz estudo.
Os aparelhos ortodônticos fixos ainda são usados na correção de problemas ortodônticos na maioria das crianças e adolescentes. Esses aparelhos, no entanto, tendem a complicar a higiene oral e, consequentemente, interferir na saúde periodontal dos pacientes. Além disso, o tratamento não é muito aceito em ortodontia de adultos por razões estéticas. Buscando superar essas limitações, outras técnicas em ortodontia têm sido desenvolvidas para melhorar a estética e simplificar procedimentos de higiene oral. Uma alternativa criada são os alinhadores ortodônticos, que são discretos e têm a vantagem de serem removíveis, favorecendo a higiene oral e a alimentação. Essas características popularizaram muito o seu uso durante a última década.
No entanto, existem poucos estudos sobre os efeitos do tratamento com o alinhador na higiene bucal e gengival comparados com os aparelhos tradicionais fixos. Uma equipe de investigadores alemães da Universidade Johannes Gutenberg, em Mainz, realizou a comparação com o estado de saúde bucal, higiene oral e a satisfação com o tratamento de pacientes tratados com os aparelhos convencionais e o sistema de alinhador Invisalign.
O estudo incluiu 100 pacientes que foram submetidos ao tratamento ortodôntico, divididos igualmente entre aparelhos fixos convencionais e o Invisalign, por mais de seis meses. Os pesquisadores realizaram exames clínicos antes e após o tratamento com o objetivo de avaliar a condição periodontal dos pacientes e quaisquer alterações. Além disso, um detalhado questionário avaliou a higiene oral e hábitos alimentares dos pacientes, bem como a satisfação com o tratamento. Todos os pacientes receberam as mesmas instruções de higiene bucal antes e durante tratamento ortodôntico. Isso incluiu o uso de escova de dentes, fio dental e escovas interdentais três vezes por dia.
A análise dos dados mostrou não haver diferenças entre os dois grupos em relação à saúde periodontal e higiene oral antes do tratamento ortodôntico. No entanto, os pesquisadores observaram notáveis mudanças na condição periodontal em ambos os grupos durante o tratamento ortodôntico: a saúde gengival foi significativamente maior nos pacientes tratados com Invisalign, e a quantidade de placa bacteriana foi menor.
Os resultados dos questionários mostraram maior satisfação dos pacientes tratados com Invisalign. Apenas 6% dos pacientes com Invisalign relataram comprometimento do seu bem-estar geral durante o tratamento ortodôntico, em comparação a 36% dos pacientes com aparelhos fixos. Outros efeitos negativos que também foram significativamente maiores nesses últimos incluíram irritação gengival, privação de rir por motivos estéticos, alteração dos hábitos alimentares durante tratamento ortodôntico e necessidade de mais escovações.
Os pesquisadores concluíram que o tratamento ortodôntico com Invisalign teve impacto negativo significativamente menor sobre a condição do paciente do que o tratamento com os aparelhos fixos convencionais, tanto no que diz respeito à saúde gengival como ao bem-estar geral.
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